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Padre Kelmon processa igreja ortodoxa e exige indenização de R$ 500 mil por danos morais

Expulso de igreja peruana controversa após as eleições, ex-candidato do PTB alega que teve 'imagem e dignidade abalada'

Da Redação - Goiânia, GO

Padre Kelmon

Kelmon nunca integrou ou foi ordenado pelas instituições ortodoxas tradicionais do Brasil

Imagem: Reprodução/internet

O ex-candidato à Presidência Kelmon Luis da Silva Souza (PTB), que concorreu nas eleições de 2022 como “Padre Kelmon” e se autoproclama sacerdote ortodoxo, está processando a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil por danos morais. Ele pede uma indenização de R$ 500 mil e o direito de resposta da instituição por causa de uma nota divulgada durante a corrida eleitoral em que a igreja afirmava que ele não tinha qualquer vínculo com igrejas de comunhão ortodoxa.

Na nota, a igreja também expressou preocupação com a apropriação de símbolos religiosos pelo político. O advogado de Kelmon alega que a imagem e a dignidade do ex-candidato foram abaladas pela notícia de que era um falso padre. A Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia ainda está buscando orientação jurídica para lidar com a ação.

Kelmon nunca integrou ou foi ordenado pelas instituições ortodoxas tradicionais do Brasil. Na verdade, ele causava desconforto na comunidade por se autoproclamar padre.

Depois de ser expulso da autoproclamada Igreja Católica Apostólica Ortodoxa del Peru, Kelmon afirmou que havia se juntado à autodenominada Igreja Ortodoxa Grega da América e Exterior, que também não possui nenhuma relação com a Igreja Ortodoxa Grega.

O uso inadequado de vestimentas religiosas e a polêmica em torno da legitimidade de Kelmon como padre tornaram-se um dos momentos mais insólitos da campanha presidencial de 2022.

Em vídeo, Michelle Bolsonaro chama Kelmon de ‘padre mais amado do Brasil’

Dois dias antes de Roberto Jefferson (PTB) atacar policiais e, depois, ser chamado de “bandido” por Jair Bolsonaro (PL), a primeira-dama Michelle Bolsonaro postou vídeo afirmando ter passado o dia na festa de aniversário de Kelmon Luis da Silva Souza (PTB), chamado por ela de “o padre mais amado do Brasil”.

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