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PF intima Bolsonaro, Michelle, Wassef e Cid para depoimentos simultâneos no dia 31

Ex-presidente, ex-primeira-dama, advogado e ex-ajudante de ordens, entre outros, vão responder sobre caso das joias

Da Redação - Goiânia, GO

Ex presidente e ex primeira dama

Bolsonaro e Michelle tiveram a quebra quebra dos sigilos bancário e fiscal autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF

Imagem: Reprodução Internet

A Polícia Federal intimou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e outras pessoas para depoimentos simultâneos no dia 31 de agosto sobre o caso das joias recebidas de autoridades estrangeiras.

Além do ex-casal presidencial, foram intimados Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o seu pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid, os advogados Frederic Wassef e Fábio Wajngarten, e os assessores de Bolsonaro Marcelo Câmara e Osmar Crivelatti.

Bolsonaro e Michelle tiveram a quebra quebra dos sigilos bancário e fiscal autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) na última quinta-feira (17), após pedido da Polícia Federal diante da suspeita de que o ex-presidente utilizou a estrutura do governo federal para desviar as joias.

Todos os intimados são citados de alguma forma na investigação que deu origem à operação Lucas 12:2, nome dado pela PF em uma alusão ao versículo que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.

A apuração está dentro da frente de investigação dentro do inquérito das milícias digitais.

O ex-presidente está no centro da apuração uma vez que as joias e presentes negociados no exterior saíram do país no avião presidencial em ao menos duas viagens, uma delas a de 30 de dezembro de 2022, quando deixou o Brasil para não entregar a faixa a Lula (PT).

Além disso, o material colhido pela PF aponta para toda a movimentação de pessoas ligadas ao ex-presidente para negociar e depois tentar reaver os bens negociados nos EUA.

A PF também investiga se os valores retornaram para Bolsonaro. De acordo com a apuração, o valor arrecadado foi convertidos em dinheiro e ingressou no patrimônio pessoal dos investigados, sem utilização do sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores.

Uma das evidências de que Bolsonaro teria recebido os valores é um áudio de Mauro Cid em que ele sugere que seu pai estava com US$ 25 mil em espécie de propriedade do ex-presidente.

Em entrevistas na última semana, o advogado de Mauro Cid, o nome central nas investigações que envolvem Bolsonaro, afirmou que ele irá indicar Bolsonaro como mandante da negociação.

“Ele confessa que comprou as joias evidentemente a mando do presidente. Comprou e vendeu. ‘Resolva esse negócio e venda’, [teria dito Bolsonaro]”, disse Cézar Bitencourt sobre a venda das joias e relógios.

Os presentes listados reúnem um conjunto de itens masculinos da marca suíça Chopard, um kit de joias contendo um anel, abotoaduras e um relógio da marca Rolex, uma escultura de um barco dourado, uma escultura de uma palmeira dourada e um relógio da marca Patek Philippe.


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