O debate entre candidatos a prefeito de São Paulo promovido pelo podcast Flow, na noite da última segunda-feira (23), terminou com uma cena triste de agressão física envolvendo um assessor de Pablo Marçal (PRTB) e um de Ricardo Nunes (MDB). O marqueteiro de Nunes saiu do local com o rosto ensanguentado depois de tomar um soco de Nahuel Gomes Medina, que é dono de uma produtora que cria vídeos para o ex-coach.

Nahuel é dono da empresa Medina Maker, que recebeu R$ 230 mil da campanha de Marçal para a realização de filmagens (segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral).

De acordo com uma reportagem publicada semanas atrás por um portal chamado Agência Pública, Medina estava vendendo um produto chamado “MarshallFilms Experience,” no qual prometia acesso a conteúdos exclusivos sobre filmagens e gravações da campanha. De acordo com a reportagem, esse produto chegou a ser oferecido por R$ 28 mil.

Medina e Marçal aparecem juntos em diversas publicações nas redes sociais. Em um vídeo publicado em maio, por exemplo, o candidato aparece ao lado do produtor e faz uma afirmação. “Nós viramos sócios, eu e esse cara, criamos uma empresa de filmes chamada Marshall Filmes, ele que deu o nome, não fui eu que pedi isso”.

O soco

A agressão protagonizada por Medina aconteceu no momento em que o apresentador do debate, Carlos Tramontina, comunicava a decisão de expulsar Marçal do debate em razão da insistência dele em desrespeitar as regras que haviam sido combinadas anteriormente. Teria havido provocações nos bastidores e o soco aconteceu.

Medina foi conduzido para 6ª Delegacia de Polícia, onde a ocorrência foi registrada como lesão corporal. Advogado da campanha de Marçal, Tassio Renam disse que o produtor agiu em legítima defesa pois Duda Lima teria tentado tomar seu celular momentos antes. O assessor de Marçal prestou depoimento na madrugada desta terça-feira, após Lima voltar do hospital e conversar com a delegada Eliane Tomé Lima, que cuida do caso. Medina foi liberado.