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Morreu aos 79 anos, Edson Rodrigues, o monstro sagrado da narração brasileira

Morreu hoje aos 79 anos, um dos principais nomes da comunicação no Brasil. O Pelé das narrações esportivas em Goiás.

Da Redação - Goiânia, GO

Edson Rodrigues

Edson Rodrigues no estúdio do Sistema Sagres de Comunicação

Imagem: Reprodução/internet

Um sentimento de tristeza enorme ao digitar o falecimento de Edson Rodrigues.

O Monstro Sagrado da Narração e que carregou em sua trajetória o slogan de “Melhor Locutor Esportivo do Brasil”, que foi criado com muita justiça por Jorge Kajuru.

Edson Rodrigues esteve internado nas últimas semanas e travou uma luta contra um tumor no pâncreas. Infelizmente não resistiu. 

Trabalhou em mais de quatro mil jogos e gritou cerca de 13 mil gols. Muitos carregados de uma vibração sem comparação e que arrancou lágrimas de torcedores de todos os clubes. Esmeraldinos, rubro-negros e colorados – quem não tem na memória um gol do Edson que te emocionou?

Tenho que agradecer a Deus por ter me dado o dom de ter iniciado minha carreira aos 17 anos. Confesso a todos que me sinto muito bem porque me cuido muito. Quero que Deus me permita por muito tempo ainda esse contato com meu público fiel, com meu ouvinte que me acompanha a tanto tempo, que é o mais importante”. Essas foram palavras de Edson Rodrigues na Rádio Sagres quando completou seis décadas como narrador esportivo. Foram mais dois anos de carreira, em que Edson Rodrigues trabalhou nas emissoras: Band News e Rádio Bandeirantes.

Sempre citou com entusiasmo sua paixão pelo rádio, que começou quando era criança em Araguari-MG. “Sempre fui apaixonado por rádio e não sei como porque na minha família ninguém trabalhava com rádio, mas eu menino ainda admirava todos os locutores esportivos, sabia o nome de todos principalmente do rádio paulista e carioca. Eu pegava aqueles canudos de enrolar roupa e ficava transmitindo futebol pelo canudo”.

O primeiro jogo de Edson Rodrigues, marcado na agenda do dia 11 de abril de 1960, foi Fluminense de Araguari e Ponte Preta. De lá para cá outras partidas marcantes, como Cruzeiro 6×2 Santos na decisão da Taça Brasil de 1966 quando narrava pela Rádio Itatiaia de Belo Horizonte; e também a decisão do Campeonato Goiano de 1973, quando marcou o início de sua trajetória no rádio em Goiás e conheceu a esposa Leila, torcedora do Vila Nova, que comemorou o título colorado na época.

Trabalhou nas Rádios PRJ3 e Itatiaia, Cacique, Planalto, Guarani e Cultura em Minas Gerais; também atuou na rádio Alvorada em Brasília; chegando em Goiânia trabalhou na rádio Anhanguera, Brasil Central, Difusora, Rádio Clube, Rádio K do Brasil, Rádio Jornal 820 – que hoje é a Rádio Bandeirantes.

Pela Rádio Itatiaia cobriu a Copa do Mundo de 1970 disputada no México; na Rádio Brasil Central esteve na cobertura da Copa do Mundo da Itália de 1990; pela Rádio K do Brasil narrou a Copa do Mundo de 1998 na França.

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