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Menino de 4 anos morre com suspeita de H1N1 em Goiás; família denuncia omissão

Criança apresentou dessaturação e foi liberada para casa, levantando questionamentos sobre o atendimento médico

Da Redação - Goiânia, GO

Foto do HEJA

Foto do HEJA em Jaraguá

Imagem: Reprodução

Um garoto de apenas 4 anos, identificado como Asafe Gomes Pereira Cabral, morreu em Goiás com suspeita de H1N1. A família denuncia que a criança apresentou queda na taxa de oxigênio no sangue, conhecida como dessaturação, e mesmo assim foi liberada para ir embora. A Polícia Civil investiga o caso. A Secretaria Estadual de Saúde e o Hospital Sagrado Coração de Jesus ainda não se pronunciaram.

A morte do garoto foi registrada na última segunda-feira (12), por volta das 00h30. De acordo com o boletim de ocorrência registrado no sábado (10), o menino deu entrada no Hospital Estadual de Jaraguá (Heaja) apresentando dessaturação, um indicativo de possível falta de ar ou mau funcionamento dos pulmões.

O Heaja afirmou que o menino foi atendido na unidade na noite do dia 10 de junho e recebeu alta sem apresentar sinais de gravidade (confira nota abaixo). No entanto, segundo a família, no dia seguinte ele já estava em estado grave.

No domingo (11), a condição de saúde da criança piorou em casa, e ela foi levada novamente ao pronto-socorro de Jaraguá, onde foi realizado um exame de radiografia do tórax.

Diante do agravamento do quadro, o paciente foi transferido para Goiânia pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas, devido à piora durante o trajeto, a equipe médica o encaminhou para o Hospital Sagrado Coração de Jesus, em Nerópolis, onde ele não resistiu e veio a falecer.

No boletim de ocorrência registrado pela família do menino, o pai da vítima afirmou à polícia que suspeita de omissão ou erro médico por parte do Hospital Estadual de Jaraguá e cobra uma investigação da Polícia Civil para esclarecer os fatos.

Nota do Hospital Estadual de Jaraguá (HEJA):

Direção do Hospital Estadual de Jaraguá Dr. Sandino de Amorim (HEJA) informa sobre a demanda apresentada:

O paciente AGPC, 4 anos, foi atendido via Pronto Socorro da unidade na noite do dia 10/06/2023, acompanhado dos pais. Ele recebeu atendimento da equipe médica e multidisciplinar, sendo medicado e recebendo alta hospitalar sem apresentar sinais de gravidade.

No dia 11/06/2023, à tarde, o paciente passou já em estado grave, sendo atendido pelas equipes médicas e multidisciplinares em um leito de paciente crítico. Foi solicitada uma vaga na UTI Pediátrica da rede de saúde por meio do Complexo Regulador.

Durante todo o tempo em que o paciente esteve no Pronto Atendimento da unidade, foram prestadas todas as assistências e suporte necessário de acordo com a gravidade do caso.

A direção do HEJA reitera que foram realizados todos os serviços possíveis com humanização e lamenta profundamente o ocorrido.

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