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Lula pediu para acelerar despolitização e renovação do GSI, diz ministro interino

Ricardo Cappelli quer acelerar sindicância que apura conduta de agentes e propor organização mais clara de atribuições do órgão

Da Redação - Goiânia, GO

Lula em discurso

Lula em discurso

Imagem: Reprodução/internet

O ministro interino do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Ricardo Cappelli, afirmou à Folha que recebeu como missão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) renovar e despolitizar o órgão.

“O principal pedido do presidente foi acelerar a renovação [substituição de membros do gabinete], isso vai estar em curso na semana que vem”, disse Cappelli. “[Isso significa] despolitizar, quer dizer, ter um corpo mais técnico, mais profissional aqui que possa tocar o trabalho.”

Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e ex-interventor na segurança do Distrito Federal, foi escolhido na quarta-feira (19) para assumir interinamente o ministério, após o general Gonçalves Dias pedir demissão do cargo.

O militar, amigo de longa data de Lula, saiu do GSI depois da divulgação de imagens que colocam em xeque a atuação do órgão durante o ataque golpista de 8 de janeiro.

A crise que levou à saída do chefe do GSI teve como estopim a divulgação, pela CNN Brasil, de imagens do circuito interno da segurança durante a invasão da sede da Presidência da República que mostram uma ação colaborativa de agentes com golpistas e a presença de Gonçalves Dias no local.

Os vídeos, avaliam integrantes do governo, reforçam a tese de que há muitos fardados apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) no gabinete, que podem ter sido omissos ou facilitado a atuação dos invasores dos Três Poderes.

No primeiro dia à frente da pasta, Cappelli mandou ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma relação de 10 nomes de agentes do GSI que aparecem nos vídeos da data do ataque, após determinação do ministro Alexandre de Moraes.

Segundo o ministro interino, há agentes nessa lista que foram afastados e outros que não. A decisão sobre o destino deles será tomada “apurando e individualizando conduta”.

A lista enviada à corte tem o nome dos funcionários do GSI e o detalhamento sobre se eles já foram ouvidos na sindicância interna ou no inquérito conduzido pela Polícia Federal para apurar a conduta do órgão no dia 8 de janeiro.

A investigação interna tem previsão de encerramento até 26 de maio, mas Cappelli diz que pretende acelerá-la.

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