A gestão do prefeito de Iporá, Naçoitan Leite, é alvo de uma operação que apura desvios de recursos públicos na área de saúde do município de Iporá, nesta manhã de quarta-feira, (27/11). A investigação, denominada Operação Ato Falho, revelou que seis pessoas físicas, incluindo o prefeito e outros agentes públicos, e oito empress estariam envolvidas em desvios de mais de R$ 5 milhões da saúde.

A operação realizada pela Polícia Civil de Goiás, por intermédio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), se concentra em 37 procedimentos de dispensa de licitação realizados pelo município de Iporá em 2021, que culminaram na celebração de contratos na área de saúde com quatro empresas distintas. Os cálculos indicam que o dano ao patrimônio público supera R$ 5 milhões, considerando o valor dos empenhos realizados às empresas e o sobrepreço identificado.

Operação por desvio na Saúde tem alvo no Tocantins

Os mandados de busca e apreensão são cumpridos em vários endereços localizados nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Santo Antônio de Goiás, Cezarina, Iporá e Palmas, no Tocantins. Além do prefeito, outros agentes públicos do município de Iporá estão entre os alvos das medidas.

Prefeito de Iporá, Naçoitan Leite acumula casos controversos

Naçoitan Leite, atual prefeito de Iporá, já enfrentou várias controvérsias e acusações durante seu mandato. Ele foi preso em novembro por tentativa de feminicídio e homicídio contra a ex-esposa e seu namorado. Além disso, Leite tem um histórico de condenações, incluindo crimes ambientais e falsificação de documentos.

A operação destaca a gravidade dos desvios de recursos públicos e o impacto negativo na prestação de serviços de saúde à população de Iporá. A gestão da prefeitura, sob a administração interina da prefeita Maysa Cunha após o afastamento de Naçoitan Leite, enfrenta desafios significativos para recuperar a confiança e garantir a transparência na administração pública.

A Operação Ato Falho é fruto de uma investigação detalhada conduzida pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR) da Polícia Civil de Goiás, que atua em estreita colaboração com outros órgãos de controle e fiscalização do estado. A operação visa esclarecer os fatos, responsabilizar individualmente cada suspeito envolvido nos desvios e garantir a recuperação dos recursos públicos desviados.

O espaço permanece aberto para manifestação. Os outros supostos envolvidos não tiveram os nomes revelados e suas defesas não foram localizadas.