Goiás registrou quase 600 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em 2024, segundo o Painel de Notificações da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). Os dados são de 1º de janeiro a 17 de outubro deste ano.

Conforme a pasta, foram 6.044 internações por Srag. Dos casos, 15% foram causados pela influenza. Os mais afetados são idosos com mais de 60 anos e crianças menores de 2 anos. Já as mortes se concentraram, principalmente, entre aqueles com mais de 50 anos.

A Superintendência de Vigilância em Saúde reforça a importância da vacinação contra gripe, que também está abaixo da cobertura recomendada pelo Ministério da Saúde (MS). “O MS recomenda uma cobertura vacinal de 90%, mas, até o momento, o Estado registra apenas 44,91%. Em Goiânia e Aparecida de Goiânia, as coberturas são ainda mais preocupantes, com índices de 44,22% e 56,69%, respectivamente”, disse o secretário Rasível Santos em coletiva.

Vale citar, a vacina está disponível nos 246 municípios goianos. Conforme a SES-GO, o Estado registra aumento dos casos de gripe, com picos no outono, devido às mudanças bruscas de temperatura, e novamente no final do ano, a partir de meados de setembro.

“Essa sazonalidade acontece, temos que estar preparados e alertar a população de que a vacina é o meio eficaz de proteção. O risco é muito grande para quem está sem a imunização, porque podem acontecer casos de evolução de uma gripe e é importante que a população se conscientize”, afirmou o titular da pasta.

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, a vacinação “é uma das melhores formas de prevenção contra a gripe. Ela é segura e eficaz na redução dos casos graves e óbitos relacionados à doença. Em caso de suspeita da doença, é fundamental evitar o contato com outras pessoas, utilizar máscara e higienizar as mãos frequentemente, pois o vírus é facilmente transmitido por gotículas salivares durante tosses, espirros ou conversas”.

A SES lembra que a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, em 2024, começou 25 de março. Inicialmente com foco nos grupos prioritários recomendados pelo Ministério da Saúde, a partir de 30 de abril houve a ampliação para toda a população acima de 6 meses.

Srag

Sobre a Srag, ela abrange casos de síndrome gripal que evoluem com comprometimento da função respiratória que, na maior parte dos casos, leva à hospitalização, sem outra causa específica.

Morte por H1N1

Um menino, 5 anos, morreu com suspeita de H1N1, nesta semana, durante um surto da doença registrado na escola em que ele estudava, em Aparecida de Goiânia. O centro educacional da rede particular, situado no Jardim Ipiranga, acumula 25 casos positivos. Segundo alerta divulgado pela própria instituição nas redes sociais, os diagnósticos começaram a surgir na semana passada. Funcionários e parentes também testaram positivo para modalidade da influenza.