Estados vizinhos de Goiás têm casos suspeitos de gripe aviária
União analisa cinco Estados, entre eles Tocantins e Mato Grosso
Redação - Goiânia, GO

Estados vizinhos de Goiás têm casos suspeitos de gripe aviária
Imagem: (Foto: Luiz Agner - IBGE)
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio do Serviço Veterinário Oficial (SOV), investiga cinco novas suspeitas de foco de gripe aviária (H5N1) nos estados de Santa Catarina, Ceará, Sergipe, Mato Grosso e Tocantins. Estes dois últimos fazem divisa com Goiás.
Destaca-se que, após o Mapa confirmar, na quinta-feira (15), a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), a gripe aviária, em matrizeiro de aves comerciais em Montenegro (RS), o governo de Goiás emitiu posição para reforçar o status livre da doença e ações de prevenções. Segundo o Estado, apesar de não ter “nenhum caso de gripe aviária em seu território, seja em granjas comerciais ou criações de subsistência, (…) tem atuado de forma estratégica e preventiva para manter o Estado livre da Influenza Aviária”, além de preparar um decreto de emergência.
Sobre a apuração do governo federal, duas delas são em granjas comerciais, a de Ipumirim (SC) e Aguiarnópolis (TO). Já nesta segunda-feira (19), Salitre, no Ceará, entrou para a lista com uma suspeita, conforme monitoramento diário do Mapa e que já é acompanhado pela Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri). Trata-se de uma propriedade rural utilizada para subsistência.
Vendas suspensas
Após a confirmação da gripe aviária, diversos países suspenderam a compra de proteína de frango brasileira (carne e ovos). À Globonews, o ministro Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) disse que os chineses não estarão “comprando carne de frango brasileira pelos próximos 60 dias”. A medida é prevista em cláusula contratual, em qualquer situação como essa. Confira as nações que interromperam as aquisições:
China
União Europeia
Argentina
Chile
Uruguai
México
Canadá
África do Sul
Coreia do Sul
Japão
Nota do Ministério da Agricultura do dia 15/5
“O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou nesta quinta-feira (15) a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em matrizeiro de aves comerciais. A detecção ocorreu no estado do Rio Grande do Sul, no município de Montenegro.
Esse é o primeiro foco de IAAP detectado em sistema de avicultura comercial no Brasil. Desde 2006, ocorre a circulação do vírus, principalmente na Ásia, África e no norte da Europa.
O Mapa alerta que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos. A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas).
As medidas de contenção e erradicação do foco previstas no plano nacional de contingência já foram iniciadas e visam não somente debelar a doença, mas também manter a capacidade produtiva do setor, garantindo o abastecimento e, assim, a segurança alimentar da população.
O Mapa também está realizando a comunicação oficial aos entes das cadeias produtivas envolvidas, à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), aos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, bem como aos parceiros comerciais do Brasil.
O Serviço Veterinário brasileiro vem sendo treinado e equipado para o enfrentamento dessa doença desde a primeira década dos anos 2000.
Ao longo desses anos, para prevenir a entrada dessa doença no sistema de avicultura comercial brasileiro, várias ações vêm sendo adotadas, como o monitoramento de aves silvestres, a vigilância epidemiológica na avicultura comercial e de subsistência, o treinamento constante de técnicos dos serviços veterinários oficiais e privados, ações de educação sanitária e a implementação de atividades de vigilância nos pontos de entrada de animais e seus produtos no Brasil.
Tais medidas foram cruciais e se mostraram efetivas e eficientes para postergar a entrada da enfermidade na avicultura comercial brasileira ao longo desses quase 20 anos.”
Sobre o decreto
O que é decreto de emergência zoossanitária?
“A declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais – nas três instâncias: federal, estadual e municipal – e não governamentais. Todo esse processo é para assegurar a força de trabalho, logística, recursos financeiros e materiais tecnológicos necessário para executar as ações de emergência visando a não propagação da doença”, explica o ministro Fávaro.
Já houve decreto deste tipo?
A emergência zoossanitária foi decretada, pela primeira vez, em 22 de maio de 2023 e prorrogada, uma vez, em 7 de novembro do mesmo ano, como uma medida do Mapa para evitar que a doença, também conhecida como gripe aviária, chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana.
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