Passou em primeira votação na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), nesta quarta-feira (1º/3), projeto de lei que prevê a criação do cadastro de obesidade infanto-juvenil nas escolas de ensino fundamental e médio na rede estadual de Educação do Estado de Goiás. A proposta ainda depende de aprovação em segundo turno e sanção do Executivo.

Proposta pelo deputado estadual Karlos Cabral (PSB), a matéria também torna obrigatória a verificação do estado nutricional dos alunos dos períodos citados. “Nos primeiros trinta dias de cada ano letivo, a respectiva instituição educacional deverá submeter a totalidade de seus alunos, de forma individualizada, a avaliação antropométrica, constituída de medidas de massa corporal (peso), estatura e circunferência abdominal”, diz trecho da lei.

Além disso, o cadastro deverá ser enviado pela instuilção às Coordenadorias Regionais de Educação e Saúde da área.

“As problemáticas acarretadas com a obesidade infanto-juvenil, como transtornos alimentares e outras doenças a ela associado, tais como hipertensão arterial, diabetes tipo 2, entre outros fatores de risco cardiometabólico, faz necessário a criação do cadastro estadual antropométrico dos alunos das escolas da rede estadual de ensino”, justifica Cabral.

Ele cita que, com base em dados do IBGE, mais de 40% da população brasileira está acima do peso. Além disso, argumenta ser na infância e adolescência que o problema alcança números alarmantes. “Enquanto nos Estados Unidos o percentual nessa faixa cresceu 66% em 20 anos, no Brasil ele teve aumento de 239% no mesmo período.”

E mais: “Hoje, 15% dos brasileiros entre 6 anos e 18 anos já estão com sobrepeso; 5% são obesos e estes índices continuam aumentando, principalmente nas camadas mais pobres da sociedade.” Dito isto, o parlamentar afirma que as escolas são ambiente perfeito para programas de mudança de estilo de vida, a fim de evitar o surgimento e agravamento do excesso de peso.