A Polícia Civil prendeu em flagrante dois suspeitos pelos crimes de estelionato, associação criminosa e jogo de azar, na sexta-feira (8), em Aparecida de Goiânia. Segundo o delegado Adriano Jaime, a dupla é suspeita de aplicar golpes em feiras do município. Foi possível chegar aos indivíduos após denúncia. Outros dois ainda estão foragidos, conforme Jaime.

Uma vítima compareceu até a 1ª Delegacia de Aparecida de Goiânia e relatou que estava com a esposa em uma feira, quando percebeu uma aglomeração de pessoas, que jogava o “jogo da bolinha”. Trata-se de um jogo em que existem três copos e em um deles é colocado uma bolinha; caso o jogador acerte em qual deles está escondida a bola, após eles serem mudados de lugar, ganha.

Ele revelou que a esposa quis jogar, sem apostar e venceu todas as vezes. Ela, então, quis colocar R$ 50 (ganharia R$ 100) e passou o cartão de débito em uma máquina. Um dos suspeitos disse que não tinha passado e a mulher tentou novamente, dando certo na segunda tentativa.

A vítima apostou, mas perdeu e foi embora. Contudo, ao checar o extrato bancário, percebeu dois débitos, sendo o primeiro de R$ 500 e o segundo de R$ 2000. Quando ela voltou ao lugar do jogo, não havia mais ninguém. Segundo as vítimas, quatro pessoas participaram do golpe. “Com agilidade e com pessoas em volta, eles fazem débitos maiores sem que as pessoas percebam. E depois, desaparecem da feira”, explicou o delegado Adriano Jaime ao Mais Goiás.

Por meio do comprovante de transferência, os policiais conseguiram encontrar o suspeito que recebeu a quantia. Ele confessou, informalmente, que recebeu parte do valor e repassou o restante a um terceiro. Com as informações, os agentes chegaram ao homem que estava com a máquina de cartão usada no golpe.

Na delegacia, as vítimas identificaram os dois em reconhecimento fotográfico. Os demais ainda não foram localizados.

Outra vítima

Segundo o delegado Adriano Jaime, após a prisão da dupla a polícia localizou outra vítima nos sistemas policiais, de 22 de março, também em uma feira de Aparecida. À época, ele teve um prejuízo de R$ 8,5 mil. Esta pessoa também foi chamada à delegacia e reconheceu um dos suspeitos presos.

As investigações seguem para localizar os demais suspeitos. Sobre a divulgação da dupla, ela ocorre por meio da portaria 547/2021 da DGPC, “considerando que a apresentação da imagem de pessoas presas ou investigadas, em determinadas situações, pode contribuir para o aparecimento de novos elementos de informação, notadamente quando seu reconhecimento pela população possibilite a escorreita apuração dos fatos, com o surgimento de novas vítimas e testemunhas, autorizo a divulgação da imagem dos conduzidos”.