Miséria e pobreza no Brasil atingem o menor nível histórico, segundo o IBGE
Com expansão de programas sociais, parcela de brasileiros miseráveis recua para 4,4%
Redação - Goiânia, GO
Miséria e pobreza no Brasil atingem o menor nível histórico
Imagem: Foto: Agência Brasil
A pobreza e a extrema pobreza no Brasil, em 2023, caíram aos menores índices da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012. Pela primeira vez, a miséria ficou abaixo de 5%, caindo para 4,4%. isso representa 9,5 milhões de pessoas. Além disso, 8,7 milhões de brasileiros saíram da condição de pobreza, reduzindo esse contingente para 59 milhões de cidadãos, o menor número registrado em mais de uma década.
As informações constam da Síntese de Indicadores Sociais, estudo divulgado nesta quarta-feira (dia 4).
A expansão dos programas sociais, principalmente do Bolsa Família, ajudou a reduzir a miséria, também chamada de pobreza extrema, de 5,9% para 4,4% entre 2022 e 2023, segundo o IBGE. Em outras palavras, significa que, de 12,6 milhões de pessoas, 3,1 milhões de pessoas saíram da miséria em um ano.
Ainda assim, há 9,5 milhões de brasileiros vivendo em condições extremamente precárias, com renda abaixo de R$ 209 por mês ou US$ 2,15 por pessoa por dia, linha internacional usada para medir a pobreza extrema.
Já a linha internacional que é parâmetro para a pobreza considera quem tem renda per capita de até US$ 6,85 por dia – no caso do Brasil, o equivalente a R$ 665 por mês.
Mercado de trabalho aliviou a pobreza
O IBGE considera que a redução da pobreza ocorreu pela melhora do mercado de trabalho. Já a diminuição da extrema pobreza só foi possível graças ao fortalecimento dos programas sociais, que para os mais vulneráveis o Bolsa Família têm efeito maior.
No fim de 2022, às vésperas das eleições, o ex-presidente Jair Bolsonaro elevou o valor do então Auxílio Brasil para R$ 600, com previsão de que o benefício voltaria a ser de R$ 400 em 2023. Mas, em janeiro, o presidente recém-eleito Luiz Inácio Lula da Silva manteve o valor em R$ 600.
Numa simulação sem a presença dos benefícios sociais, a pobreza continuaria a cair devido à expansão do emprego, mas a extrema pobreza teria aumentado em 2023 sem o apoio das políticas de assistência social.
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