Policiais militares de vários batalhões especializados fazem buscas, na região metropolitana de Goiânia, por seis pistolas e seis revólveres que foram furtados em uma loja de produtos de caça e pesca no início desta semana. Identificado e preso na terça-feira (18), o autor do crime disse ter trocado todas as armas por porções de drogas e alguns valores em dinheiro.

O furto à loja que fica na Avenida Castelo Branco, no Setor Campinas, aconteceu na madrugada de domingo (16). Após entrar pela tubulação de ar, o criminoso arrombou uma grade e conseguiu, com facilidade, pegar 12 armas de fogo que estavam expostas nos balcões.

As câmeras de segurança do comércio flagraram a ação do criminoso, e o alarme chegou a disparar, mas como a equipe de monitoramento não encontrou nenhum sinal de arrombamento, o dono do estabelecimento, que chegou a ser acionado durante a madrugada, só foi ao local na segunda-feira (17), ocasião em que constatou a falta de seis pistolas e de seis revólveres.

Com a ajuda das imagens, militares da Companhia de Policiamento Especializado (CPE) de Aparecida de Goiânia identificaram e prenderam o responsável pela invasão ao comércio. O suspeito, que vive em situação de rua, já havia sido preso anteriormente, três vezes por furto, e uma por receptação.

Em depoimento gravado pelos PMs, o suspeito, identificado apenas pelo primeiro nome, Felipe, 23, disse que entrou no local sozinho, inicialmente, apenas para roubar o dinheiro do caixa. Ao ver as armas na vitrine, porém, Felipe disse que passou facilmente por uma grade, e conseguiu pegar o armamento, que foi colocado em uma mochila que também foi furtada da loja.

Comemoração no motel

“Assim que eu desci do hotel onde estava hospedado já veio gente me perguntando quantas armas eu tinha, e por quanto venderia, daí fui negociando, peguei determinados valores, e algumas porções de pasta base de cocaína. As últimas armas que restaram, eu vendi na Feira Hippie”, declarou Felipe aos PMs.

De acordo com a CPE, após vender todas as armas, o suspeito foi comemorar o sucesso do furto com a esposa, em um motel de Aparecida de Goiânia, fato este que foi confirmado pelo próprio preso.

Como Rafael disse apenas os apelidos de alguns compradores, e contou que também vendeu as duas últimas pistolas para pessoas que nunca tinha visto, a PM tem tido dificuldades para encontrar os receptadores e recuperar as armas.

Revólveres e pistolas, contou o preso, foram vendidas por valores que variavam entre R$ 200, e R$ 1.000, e mais algumas porções de pasta base de cocaína. Durante a entrevista com os PMs, Felipe usa o termo “óleo”, quando se refere à pasta base de cocaína.