Hapvida leva tombo de R$ 11 bilhões
No Amazonas, operadora de plano de saúde possui cerca de 300 mil clientes
Redação - Goiânia, GO

Menos de três meses após o mercado alertar que a Hapvida estava em vias de quebrar, o cenário hoje se agrava ainda mais
Imagem: Reprodução/internet
Nesta quarta-feira, 01/03, a operadora do maior plano de saúde do Brasil e que possui uma carteira de cerca de 300 mil clientes no Amazonas, fechou o dia na bolsa de valores com um resultado que a mídia especializada tratou de adjetivar. “Resultado desastroso”, manchetou o Brazil Journal. Já o Valor Econômico diz em seu título sobre o assunto “Hapvida já perde R$ 11 bi em valor de mercado após decepcionar analistas”.
O site NeoFeed indaga: “Há remédios?”. E escreve: “Hapvida desaba e perde uma Dasa e uma Odontoprev somadas”.
Já a revista Veja disse: “Hapvida desaba 35% após prejuízo e aumento na dívida”. E avisa: “Futuro preocupa”.
O tombo
O que todo esse noticiário especializado trata é do fracasso da operadora de plano de saúde nas bolsas de valores, que abriram com desvalorização de 20%, alcançaram ainda maior desvalorização da empresa no decorrer do dia de 36,75% e fecharam a tarde com tombo de quase 33%.
“O nível de despesas financeiras também deve continuar a pressionar os lucros e, assim, não parece haver muito valor para ser ‘destravado’ ao longo de 2023”, analisa o site Infomoney.
Tendência pior
O Infomoney analisa uma tendência ainda pior. “Para o Itaú BBA, os resultados do 4T22 da Hapvida mostraram tendências consideravelmente piores do que o esperado, principalmente para rentabilidade. O custo por beneficiário continuou a aumentar de forma sequencial, apesar da sazonalidade melhor do quarto trimestre; o crescimento do tíquete médio não foi suficiente para compensar essa tendência. A empresa não conseguiu entregar maior geração de caixa no trimestre, postergando uma maior desalavancagem financeira no curto prazo”, diz o site.
Alerta para o Amazonas
O caos na saúde financeira da Hapvida há muito já é sentido no Amazonas. A Defensoria Pública do Estado, por exemplo, já acionou o plano de saúde por má prestação de serviço. Junto à comunidade, há queixas contra a empresa. O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) é outro órgão que investiga a conduta da Hapvida. Nesse caso, o Ministério Público abriu procedimento para atender denúncia de mau atendimento a paciente autista.
Contrato público
Apesar disso, a Hapvida ainda possui uma clientela de cerca de 40 mil usuários, obrigados a utilizarem o serviço da empresa. Esses são os servidores públicos do Estado. O plano cobre até quem mora no interior, onde a empresa não possui um balcão de atendimento.
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