Elon Musk fecha acordo para comprar Twitter
Fundada em 2006, a plataforma tem mais de 217 milhões de usuários mensais e foi adquirida pelo bilionário por cerca de US$ 44 bilhões.
Redação - Goiânia, GO
Foto de Elon Muks e Twitter
Imagem: (Foto: Divulgação)
O Twitter anunciou nesta segunda-feira (25) que aceitou uma oferta de compra de US$ 44 bilhões (cerca de R$ 215 bilhões) feita por Elon Musk, o homem mais rico do mundo (veja mais no vídeo abaixo). O negócio, que deve ser concluído ainda neste ano, precisa da aprovação formal dos acionistas da empresa e dos órgãos regulatórios.
A operação representou uma reviravolta. Isso porque, há dez dias, a negociação não foi bem recebida por acionistas do Twitter, e o conselho chegou a adotar o mecanismo conhecido como "poison pill" ("pílula do veneno") para frear a investida do bilionário.
Há duas semanas, Elon Musk fez uma oferta de US$ 43 bilhões (cerca de R$ 210 bilhões) em dinheiro para assumir o controle total da rede social. Na sexta-feira (22), o empresário de origem sul-africana reuniu-se por videochamada com vários acionistas da plataforma para defender a sua proposta de compra.
Segundo a imprensa internacional, o conselho de administração do Twitter se reuniu neste domingo (24) para analisar o caso.
Com a pressão dos acionistas, a empresa aceitou a oferta de Musk de US$ 54,20 em dinheiro por cada ação comum. Esse valor será pago aos acionistas e representa um prêmio de 38% sobre o preço dos papéis em 1º de abril. Após o anúncio, as ações do Twitter operaram em alta de 7,4% no mercado.
No começo de abril, documentos da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) apontaram que o magnata havia comprado 9,2% das ações da companhia. Dias depois, o executivo foi indicado para o conselho de diretores da empresa, mas declinou o convite.
Fundador da empresa de transporte aeroespacial SpaceX e da fabricante de carros elétricos Tesla, Musk é um usuário frequente do Twitter e, após a aquisição, prometeu "melhorias" na rede social. Segundo ele, a plataforma tem um "potencial tremendo" e deve ser uma espécie de "arena" de defesa da liberdade de expressão.
"A liberdade de expressão é a base de uma democracia em funcionamento e o Twitter é a praça da cidade digital onde assuntos vitais para o futuro da humanidade são debatidos", disse Musk.
"Quero tornar o Twitter melhor do que nunca, aprimorando o produto com novos recursos, tornando os algoritmos de código aberto para aumentar a confiança, derrotando bots de spam e autenticando todos os humanos", afirmou ele em comunicado sobre a aquisição.
Com a compra, o Twitter passa a ser uma companhia de capital fechado. Isso significa que a empresa não vai mais oferecer suas ações na bolsa. Criada em 2006, a plataforma tem mais de 217 milhões de usuários mensais.
Parag Agrawal, atual presidente-executivo da rede social, também adotou tom otimista para falar do momento.
"O Twitter tem um propósito e relevância que impacta todo o mundo. Estou profundamente orgulhoso de nossas equipes e inspirado por um trabalho que nunca foi tão importante", afirmou.
Agrawal é o sucessor de Jack Dorsey, um dos fundadores do Twitter, que deixou o comando da plataforma em 2021.
Com mais de 80 milhões de seguidores, Elon Musk coleciona postagens controversas na plataforma.
Horas antes de divulgar o acordo, o executivo publicou em seu perfil oficial uma mensagem que pode ser um indicativo de sua visão para a plataforma:
"Eu espero que meus piores críticos permaneçam no Twitter, porque é isso que significa liberdade de expressão".
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