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Demóstenes Torres diz ter sido chamado para a defesa de Anderson Torres

Ele informou que vai fazer parte de uma banca com outros advogados e atuará gratuitamente.

Redação - Goiânia, GO

Ex-senador Demóstenes Torres

Demóstenes disse que foi convidado por outra advogada que integra a banca de defensores de Torres.

Imagem: Reprodução/internet

O ex-senador Demóstenes Torres passou a integrar na quarta-feira (11) o grupo de advogados que defende ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, que teve a prisão decretada após o ato antidemocrático que terminou na invasão do Congresso, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto.

Demóstenes disse que foi convidado por outra advogada que integra a banca de defensores de Torres. “Aceitei desde que fosse pro bono, ou seja gratuitamente”, afirmou.

O ministro Alexandre de Moraes atendeu um pedido da Polícia Federal e determinou a prisão de Anderson Torres por entender que houve omissão e conivência ao não atuar para conter os terroristas e evitar a destruição nas sedes dos poderes da República. O então secretário do DF está de férias nos Estados Unidos.

O ex-senador informou que está se informando sobre o processo, mas que vai contribuir com o conhecimento na área penal. “Fui contrato porque sou especialista em direito penal e processual penal com mestrado em direito constitucional acadêmico, com dissertação aprovada com temática também processual penal”, afirmou.

Demóstenes foi senador de Goiás de 2003 até 2012, quando foi cassado por quebra de decoro parlamentar. Na época, ele foi acusado de ter usado o mandato para favorecer o contraventor Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. Em troca, teria recebido vantagens indevidas.

Denúncia

Na denúncia contra Demóstenes, instaurada em junho de 2013, ele respondia pelos crimes de corrupção passiva e advocacia privilegiada. Ambos tinha relação com as investigações das Operações Vegas e Monte Carlo, realizadas entre 2008 e 2012.

Na época, o MP-GO afirmou que o político recebeu vantagens, como viagens, bebidas caras, eletrodomésticos de luxo eletrodomésticos de luxo e recebimento de R$ 1,52 milhão.

Em outubro de 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a validade de provas obtidas em gravações telefônicas envolvendo o ex-senador. Diante da medida, em junho de 2017, o Tribunal de Justiça arquivou o caso.

No mesmo ano, reassumiu o cargo de procurador no Ministério Público do Estado de Goiás, mas se aposentou pouco tempo depois. Desde então, se dedica à advocacia.

 

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