Goiás Capital | Jornalismo com Crediblidade e Imparcialidade

Claudia Jimenez morre aos 63 anos no Rio e deixa legado de personagens inesquecíveis

A atriz estava internada em hospital da Zona Sul do Rio e morreu neste sábado (20), de insuficiência cardíaca.

Redação - Goiânia, GO

Claudia Jimenez fez participações em várias novelas da TV Globo

Claudia Jimenez morre aos 63 anos no Rio e deixa legado de personagens inesquecíveis

Imagem: Reprodução

O Brasil se despediu neste sábado (20) de Claudia Jimenez. A atriz morreu no Rio de Janeiro, aos 63 anos. Ela deixa um legado de personagens inesquecíveis.

Atriz, humorista, dubladora e roteirista. Carioca da gema, Claudia Jimenez tinha 63 anos. Era caçula de uma família de quatro irmãs.

Começou a carreira de atriz no teatro amador e logo surgiu o convite para a televisão.

“Eu estava fazendo a 'Ópera do Malandro', que era o meu primeiro trabalho profissional em teatro. Aí, o Mauricio Sherman um dia foi assistir a peça e falou: 'Ah, vou levar essa menina pra televisão'. E me levou. E fui fazer o 'Viva o Gordo', que

Um dos maiores parceiros da vida profissional foi Chico Anysio. Claudia participou de "Chico Anysio Show" e, na década de 1990, contracenou com ele na "Escolinha do Professor Raimundo". Com a Dona Cacilda, caiu nas graças do público.

“A Cacilda, nossa senhora. Foi com a Cacilda que eu comprei meu primeiro apartamento, com a Cacilda que eu viajei a primeira vez”, contou em entrevista.

Em 1996, com a estreia do humorístico "Sai de Baixo", nasceu mais uma personagem de sucesso. Edileuza era afiada e não levava desaforo para casa. A dupla com Miguel Falabella marcou a história do programa. Os dois criaram uma parceria constante.

Claudia Jimenez fez participações em várias novelas da TV Globo, entre elas "Torre de Babel", em 1998, e "América", em 2005.

Discreta na sua vida pessoal, Claudia foi casada durante dez anos com a personal trainer Stella Torreão. Mesmo separadas, continuavam dividindo a mesma casa.

Ao longo da vida, os problemas de saúde se tornaram um desafio. Em 1986, ela foi diagnosticada com um câncer no tórax e precisou fazer radioterapia.

“Depois que eu tive o câncer, eu passei a ver a vida com outra ótica, completamente diferente. Você passa a ver que a vida é finita mesmo, não é um ensaio”, disse em entrevista ao Bom Dia Brasil em 1997

Em 1999, sofreu um infarto e precisou colocar cinco pontes de safena. Três anos depois, fez uma cirurgia para substituir a válvula aórtica e, em 2014, colocou um marcapasso.

“Eu sou uma guerreira. Chegam perto de mim e falam: vamos trocar a valvula aórtica. Ok, vamos. Vamos fazer cinco pontes de safena. Ok. Vamos botar um marcapasso. Ok. Depois, eu comecei a me divertir com isso. Às vezes eu entrava em uma loja, o troço apitava e eu dizia: 'Eu não estou roubando nada. É um marcapasso!”, brincou ao falar sobre a saúde em entrevista ao Fantástico em 2014.

Claudia Jimenez estava internada em um hospital da Zona Sul do Rio e morreu na manhã deste sábado, de insuficiência cardíaca. Apesar da saúde debilitada, ela enfrentava os problemas com coragem e otimismo.

Para os amigos e fãs, fica a lembrança do jeito brincalhão e espontâneo, além da memória do seu talento que vai ficar eternizado nas gravações.

A última aparição na TV foi há quatro anos, na minissérie "Infratores", exibida no Fantástico.

FALE COM A GENTE

Dúvidas, sugestões de reportagens ou denuncias envie e-mail para redacao@goiáscapital.com

Veja também