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Anápolis registra mais de 5 mil raios em 4 horas; entenda fenômeno

Segundo Inpe, é considerado dentro da normalidade o registro de 100 raios por hora.

Da Redação - Goiânia, GO

Fenômeno de raios em Anápolis

Diferente do que muitos dizem, raios podem cair mais de uma vez no mesmo lugar. Por Thauany Melo, g1 Goiás

Imagem: Reprodução/internet

Anápolis registrou 5,4 mil raios em 4 horas, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Conforme o levantamento do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Inpe, mais de mil raios tocaram o solo e esse é o maior número já registrado de quedas desde 2010 no município.

O registro foi feito no dia 12 de fevereiro. O Elat afirmou que é considerado dentro da normalidade o registro de 100 raios por hora e que no mês de fevereiro, com a intensificação das tempestades, há mais raios.

Segundo o Elat, o raio é uma descarga elétrica que conecta o solo e as nuvens de tempestade na atmosfera. A intensidade típica de um raio é de 30 mil amperes - cerca de mil vezes a intensidade de um chuveiro elétrico. Diferente do que muitos dizem, os raios podem cair mais de uma vez no mesmo lugar.

Um raio pode durar até dois segundos, mas dura, em geral, cerca de meio a um terço de segundo. Embora a potência de um raio seja grande, sua pequena duração faz com que a energia seja pequena, algo em torno de 300 kWh, o que equivale ao consumo mensal de energia de uma casa pequena.

Quando um pessoa é atingida

Segundo o Elat, a chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio é muito baixa, em média menor do que 1 para 1 milhão. No entanto, caso a pessoa esteja em uma área aberta, embaixo de uma tempestade forte, esta chance pode aumentar em até 1 para mil.

A corrente do raio pode causar queimaduras e outros danos a diversas partes do corpo. A maioria das mortes de pessoas atingidas por raio é causada por parada cardíaca e respiratória. Grande parte dos sobreviventes sofre por um longo tempo de sérias seqüelas psicológicas e orgânicas. A luz produzida pelo raio chega quase instantaneamente à visão de quem o observa.

Entretanto, a maior causadora de mortes e ferimentos não é a incidência direta do raio na pessoa, mas os efeitos indiretos de quando um raio cai próximo. As descargas provocam incêndios e queda de linhas de energia.

No Brasil, caem 77,8 milhões de raios por ano e a explicação é que o país é o maior da zona tropical do planeta - área central onde o clima é mais quente e, portanto, mais favorável à formação de tempestades e de raios.

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